Próximo do Cruzeiro, Pezzolano tem estilo ofensivo e prega adaptabilidade das ideias ao grupo que possuí

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FOTO: Manuel Velasquez/Getty Images

O nome do treinador uruguaio Paulo Pezzolano, de 38 anos, que estava treinando o Pachuca, do México, ganhou força no Cruzeiro e deve ser anunciado como novo comandante da equipe nessa nova era após aquisição de Ronaldo Fenômeno. O uruguaio foi um dos procurados pela equipe de Ronaldo e, mesmo na mira de equipes argentinas na Libertadores como Colón e Talleres, se interessou pelo projeto de ser o técnico responsável por reerguer o Cruzeiro. A informação de que Paulo Pezzolano poderia ser o novo técnico do Cruzeiro foi noticiado aqui, em primeira mão, pelo jornalista Welligton Campos, da rádio Itatiaia.

O jornalista Joza Novalis, especialista em futebol Sul-Americano, gravou um vídeo onde fala sobre o trabalho de Pezzolano e seu perfil. Para ele, as características do treinador casam com o momento que a Raposa atravessa, precisando fazer mais com menos, desenvolver jogadores da base e propor um estilo de jogo mais ofensivo. Sua capacidade de se adaptar aos elencos que possui também foi um ponto destacado na gravação.

“Porque ele é interessante para o Cruzeiro na minha opinião, é um grande estudioso, que respeita a Instituição em que trabalha. Vai respeitar muito o Cruzeiro e procurar sempre soluções. O sistema defensivo das suas equipes não costumam funcionar muito bem, mas uma vez chegando no Cruzeiro, terá um tempo para fazer uma pré-temporada e talvez implemente de cara um sistema mais conservador, híbrido e pautado na defesa e ataque ao mesmo tempo. Se isso acontecer, será mais fácil de se adaptar e pode dar certo. 

O Pezzolano pensa sempre o que está acontecendo. Tem certa humildade, reconhece seus erros, não joga a responsabilidade de derrotas para os seus jogadores e ganha facilmente seu grupo. Não somente jogadores jovens, mas também de todas as idades, em geral costumam comprar suas ideias. Outra coisa importante é que lida muito bem com a base e trabalha bem essa transição, algo que em geral o técnico brasileiro nem sempre gosta de fazer. Pezzolano busca primeiro na base antes de pedir reforços. É um técnico interessante para dinamizar esse trabalho da base no Cruzeiro. Outras palavras sobre seu trabalho: um meio-campo atuante, transições muito rápidas entre os setores e uma equipe tentando ter o controle do jogo, mesmo com menos posse de bola”.

Pezzolano é ex-jogador de futebol. Ele atuou como meia no Mallorca, da Espanha, no Hangzhou Greentown, da China, no Necaxa, do México, no Athletico-PR, do Brasil, e em clubes uruguaios, como Rentistas, Defensor Sporting, Peñarol, Liverpool de Montevidéu e Torque. Como treinador, seu primeiro trabalho de destaque foi no modesto Torque, do grupo City, onde foi responsável por subir o clube da segunda para primeira divisão. Depois assumiu o Liverpool-URU, onde foi campeão do Clausura, em 2019. Seu último trabalho foi no Pachuca, do México, onde ficou por três temporadas. Em 72 jogos, foram 24 vitórias, 23 empates e 25 derrotas.

Estilo de jogo

O treinador uruguaio não é engessado a apenas um sistema de jogo. Seu sistema mais utilizado é o 4-3-3, mas também faz variações para linha de cinco, 4-1-3-2, 4-4-2 e o 4-2-3-1. Acima dos números abordados em uma prancheta, o conceito de jogo passa por um estilo ofensivo de manutenção da posse de bola, construindo desde a defesa até o ataque. Em novembro do ano passado, participou do quadro “The Pich Invaders” do Footure, e falou um pouco sobre como seus times atuam.

“O mais importante como treinador é primeiro olhar o jogador disponível. Obviamente tenho minha ideia, minha maneira de ver e viver o futebol. Gosto muito de sair jogando desde o goleiro, então se não tenho um zagueiro para fazer isso, preciso desenvolver maneiras de saltar a primeira linha, utilizar o lateral ou meio-campista para vir buscar a bola. Você tem sua ideia e maneiras de fazer de acordo com o jogador que tem. A ideia não vai mudar nunca, porque como treinador tenho um caminho para ganhar e não posso trocar essa minha ideia, ou vai dar errado, concluiu”. 

O processo de convencimento dos atletas em relação ao modelo de jogo é parte integral da busca do comandante ao chegar em um clube. No Liverpool, realizou uma mudança de estilo, priorizando um jogo mais ofensivo que mudou a visão não só dos torcedores, que pediam um jogo mais “rústico”, como também dos seus atletas. Comunicação, explicação sobre o que o atleta precisa fazer, muitos vídeos com análises para facilitar tal compreensão é um dos processos utilizados pelo técnico para ser compreendido sobre o que fazer em campo.

O programa completo você pode conferir no link abaixo.

https://footure.com.br/the-pitch-invaders-235-paulo-pezzolano/

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