O circuito da Catalunha costuma causar sono em quem acompanha as corridas da Fórmula 1 no local, devido ao traçado travado e com poucos pontos de ultrapassagem. Contudo, a história foi diferente neste domingo. O GP de Barcelona foi movimentado e proporcionou momentos de emoção para os fãs da principal categoria do esporte a motor.
Ainda no sábado, Lewis Hamilton teve uma atuação de gala e cravou a 100ª pole-position da carreira, em um cenário que tinha a Red Bull como favorita. Na corrida, largando em segundo, Max Verstappen fez uma boa largada e já na primeira curva assumiu a liderança. Um pouco mais atrás, Charles Leclerc ultrapassava Valtteri Bottas e assumia o terceiro lugar.
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Versttapen tinha a corrida sobre controle e na volta 25 – quando Hamilton se aproximava – foi chamado para os boxes para trocar os pneus macios para os médios. Esse foi o primeiro erro cometido pela Red Bull na corrida. No momento da troca dos compostos, um dos mecânicos responsáveis pela troca do pneu traseiro direito ainda não estava em posição e fez com que o holandês perdesse alguns segundos importantes. A situação só não foi pior porque a Mercedes também errou (parece até que nenhuma das duas queria vencer). Se o time alemão chama Hamilton para os boxes na volta 26, ele certamente realizaria o undercut e retomaria a liderança. Porém, o inglês ainda deu mais três giros antes de realizar a parada. Com isso, voltou para a pista muito atrás de Verstappen e precisou remar tudo novamente.
No entanto, calçado também com pneus médios, a Mercedes apresentava um ritmo de corrida muito superior ao da Red Bull e Lewis começou a ameaçar Versttapen. E aqui, vale fazer uma boa observação em relação ao trabalho realizado pelo taurino. O #33 conseguiu administrar bem a diferença para o #44 quando ele tentava deixar a diferença menor que 1s para abrir a asa móvel (DRS). Foi nessa hora também que a Mercedes brilhou na estratégia e deixou a Red Bull completamente perdida.
Repetindo exatamente a mesma estratégia do GP da Hungria de 2019, em cima da mesma equipe austríaca e do mesmo piloto Holandês, a Mercedes apostou no bom ritmo de Hamilton e o chamou para os boxes na volta 43. Era de se esperar que os energéticos estivessem ‘vacinados’ e não cairiam nessa jogada novamente né? Mas não foi o que aconteceu e eles comeram mosca novamente.
A estratégia da Mercedes:
A estratégia consistia no seguinte: Hamilton, com pneus médios muito mais novos que o de Verstappen, tinha um ritmo muito superior ao do holandês. Com isso, o heptacampeão se aproximaria do líder na parte final da prova e Max não teria condições de se defender, pois seu pneu já estaria em péssimas condições.
A situação poderia ter sido diferente se a Red Bull tivesse chamado Max para os boxes na volta seguinte, a corrida poderia ter um desfecho diferente. Mas não foi o que aconteceu.
Hamilton voltou para a pista em terceiro e mais de 20s atrás de Verstappen e tinha 22 voltas para se recuperar. De fato, não é uma tarefa muito fácil, contudo, a jogada rendeu frutos e Lewis assumiu a ponta na volta 60 e venceu a corrida com Verstappen em segundo e Bottas em terceiro.
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Charles Leclerc (Ferrari), Sergio Perez(Red Bull), Daniel Riccardo (McLaren), Carlos Sainz (Ferrari), Lando Norris (McLaren), Esteban Ocon(Alpine) e Pierre Gasly (AlphaTauri) fecharam o top 10.
Com a vitória, Hamilton vai a 94 pontos contra 80 de Verstappen. A Próxima corrida da Fórmula 1 é no dia 23/05, com o Grande Prêmio de Mônaco.