O circuito de Paul Ricard, palco do GP da França, não costuma entregar boas corridas para o público da Fórmula 1. Desde que entrou no calnedário, em 2018, a etapa francesa tinha como maior característica a monotonia.
Porém, esse ano a coisa foi diferente. A etapa foi agitada tanto no pelotão intermediário quanto na briga pela liderança, que foi decidida em um misto de estratégia de boxes e disputas na pista.
Max Verstappen, pole position, fez uma boa largada e, em um primeiro momento, se defendeu bem de Lewis Hamilton. Contudo, o holandês errou na primeira curva, saiu do traçado e perdeu a posição para Hamilton.
A corrida parecia estar decidida – visto o péssimo histórico que o circuito tem na Fórmula 1. No entanto, a emoção começou a aparecer quando os pilotos começaram a parar nos boxes. A Red Bull acertou na estratégia ao chamar Verstappen para a troca dos pneus antes de Mercedes e Hamilton.
Com isso, o time austríaco realizou o undertcut e retomou a liderança da prova. Hamilton até tentou reagir, dava sinais de ataque ao rival taurino mas não conseguia fazer a manobra de ultrapassagem. Nesse momento a corrida chegou em seu ponto chave.
Ao perceber que Lewis não conseguia ganhar a posição de Max, a Mercedes deveria ter adotado uma estratégia semelhante à realizada no GP da Espanha: Chamar o heptacampeão para mais uma troca de pneus para que ele voltasse à pista com compostos mais novos e fosse capaz de ganhar a posição de Verstappen nas voltas finais.
Mas quem deu o pulo do gato dessa vez foi a Red Bull, que parece ter aprendido com os erros que cometeu em um passado não muito distante. Antes que o time alemão tivesse alguma reação, os energéticos chamaram Max para os pits para trocar os pneus duros pelos médios.
O holandês voltou para a pista em quarto, mas com um ritmo de corrida muito superior à Hamilton, Valtteri Bottas e Sergio Pérez, que estavam a sua frente. Recuperar o primeiro posto era questão de tempo.
Hamilton tentou de tudo. Com pneus mais gastos, a situação do inglês era delicada e ele acabou se tornando uma presa fácil. Em alguns momentos, Verstappen conseguia ser três segundos mais rápido por volta. A ultrapassagem era questão de tempo.
Tempo esse que quase não foi suficiente. O piloto taurino retomou a ponta com duas voltas para o fim e ampliou a vantagem no campeonato. Com 131 pontos, Max sustenta uma vantagem de 12 pontos sobre Lewis.
Pérez conseguiu ganhar a posição de Bottas e fechou o pódio do GP da França, mostrando que está se adaptando bem à nova casa.
Lando Norris (McLaren), Daniel Riccardo (McLaren), Pierre Gasly (AlphaTauri), Fernando Alonso (Alpine), Sebastian Vettel (Aston Martin) e Lance Stroll (Aston Martin) fecharam o top 10.
A próxima corrida da Fórmula 1 já é no próximo domingo (27) no GPA da Estíria, na Austria.