Conheça Régis, o provável novo reforço do Cruzeiro para o meio-campo

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 FOTOS: FELIPE OLIVEIRA/ DIVULGAÇÃO/E.C. BAHIA

O período sem futebol devido a pandemia do coronavírus não impediu o Cruzeiro de se movimentar. Buscando fortalecer o elenco para disputa da Série B, o diretor Ricardo Drubscky anunciou à Rádio Itatiaia que faltam detalhes para o meia Régis, de 27 anos, assinar um vínculo por empréstimo com o Maior de Minas até o fim da temporada com possibilidade de renovação por mais um ano em caso de acesso. Parte dos seus vencimentos será dividido com o Bahia, seu clube de origem.

Mapa de calor demonstra tendência em atuar pelo meio com bastante movimentação. Fonte: Sofascore.

Régis possui alguma rodagem no futebol. Revelado pelo São Paulo, nunca se firmou no clube paulista. Teve sua grande fase no Sport, entre 2014 e 2015, onde atuou em 56 partidas, marcou 9 gols e deu 6 assistências. Foi pro Palmeiras em 2016 onde teve pouco espaço e também não se destacou. Chegou ao Bahia e mesmo com altos e baixos teve bons momentos. Foram três temporadas pelo tricolor de aço e 120 jogos, onde marcou 23 gols e distribuiu 20 assistências. Antes de retornar ao Bahia nessa temporada passou sem brilho pelo Corinthians no ano passado onde fez apenas sete jogos e pelo Al-Wehda. É um meia-atacante muito vertical, sua principal característica é conduzir a bola em direção ao gol. Não é propriamente um camisa 10 tradicional, apesar de achar bons passes na entrelinha. Atua preferencialmente por dentro, aproximando no centroavante. Também pode atuar pelo lado esquerdo do meio, apesar de não ser o seu forte devido ao baixo comprometimento defensivo. O principal problema do meia é a irregularidade. Nem sempre demonstra ser um jogador competitivo dentro do jogo, fazendo com que oscilações entre uma partida e outra sejam recorrentes.

Conversei com João Pedro (@Joao_PPereira), analista de desempenho e torcedor do Sport que contou um pouco de como foi a passagem de Régis pelo Leão de Recife:

Régis é um meia que gosta de atuar principalmente na faixa central do campo, mas também oferece possibilidade de jogar em alguma situação um pouquinho mais recuado vindo por trás, não como um segundo volante mas num 4-1-4-1 pode ser o cara de ligação quando o time precisar atacar mais. No Sport atuou muito pelos beiradas do campo, onde consegue fazer os dois lados, sobretudo pela esquerda, por ser um jogador bastante associativo. Não se destaca pela velocidade ou intensidade, que vai colocar a bola na frente contra o lateral e vencer na corrida. É mais de ter a bola no pé e buscar o passe, por isso sua região principal é na faixa central. Seu problema é ser 8 ou 80. As vezes fará uma partida muito boa e depois terá uma sequência de 3 ou 4 jogos sem brilho. Pensando na carreira de Régis julgo que uma Série B fará bem a ele. Pela sua qualidade técnica acima da média será muito útil, só não espere que seja o carregador de piano. Um contexto coletivo forte tende a potencializar seu futebol. 

Também conversei com o analista de desempenho e torcedor do Bahia Kleyton Sampaio (@SampaioKleyton1), que colabora no @MWfutebol, sobre a passagem do meia pelo Bahia:

Régis teve um 2017 muito bom no Bahia, principalmente no início da temporada. Depois acabou perdendo a vaga no time por ser inconstante e variar muito o nível de atuações, passando a ser um reserva muito importante. Foi emprestado numa situação que gerou desgaste no clube e desde que voltou de empréstimo fez apenas dois jogos. Em termos de característica é um meia-atacante, de condução, drible curto e finalização de curta e média distância. Tem boa chegada na área, fazendo gols dessa forma. Não é de organizar a equipe, nunca foi, sendo inclusive bastante criticado por isso. A torcida demorou a entender o seu estilo de jogo. Num cenário de Série B acho acima da média, pode ser um ótimo reforço pro Cruzeiro. 

Como frisado acima o grande desafio de Régis será encontrar um equilíbrio em seu jogo aqui no Cruzeiro. Pelo nível técnico inferior da Série B, tem tudo para conseguir algum destaque e auxiliar o clube a conseguir o acesso. Atualmente somente com Robinho e Marco Antônio como meias capazes de atuar por dentro, terá a oportunidade de somar minutos com Enderson Moreira, com quem trabalhou no Bahia em 2018.

#MeDibre

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