THONNY ANDERSON: O DESCASO COM A BASE QUE DEVE SERVIR DE LIÇÃO

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO/CRUZEIRO

No início de 2018 aconteceu uma negociação que foi muito comemorada por grande parte da torcida do Cruzeiro, tendo encontrado apenas poucos – e corretos – torcedores que alertaram do risco que tal negócio apresentava. Sob a batuta de Wagner Pires e Itair Machado, a “nova diretoria” foi buscar o lateral direito campeão da Libertadores pelo Grêmio Edílson Mendes Guimarães (31 anos). Cederam 30% dos direitos econômicos do atacante Alisson, com opção de compra de outros 30% e o meia-atacante Thonny Anderson por empréstimo. Sim, deram dois jovens de potencial por um veterano.

Não é segredo pra ninguém que esse acordo foi muito bom apenas pra uma equipe e não foi a nossa. Enquanto Alisson encaixou bem no Grêmio apresentando um nível de maturidade superior ao de quando atuava no Cruzeiro, tornando-se mais versátil e decisivo com gols importantes e uma assiduidade de 66% dos jogos (98 partidas em 147 disputadas pelo Tricolor no período), Edílson nunca se firmou. O lateral, além de apresentar uma dificuldade de entrar em forma na temporada, perdeu metade dos jogos realizados no ano principalmente por problemas de lesão. Teve uma assiduidade de apenas 45% (64 partidas em 141 disputadas). Com o “melhor salário de um lateral no Brasil” segundo ele próprio, seu custo/benefício passou longe do investimento feito. Com mais um ano de contrato restante e R$ 400 mil/mensais, é uma bomba que poucos clubes querem assumir.

O empréstimo do meia Thonny Anderson foi feito de forma controversa. A princípio foi dito que o mesmo havia sido emprestado até o fim de 2018 e depois vimos que se tratava de um negócio onde, dos 70% dos direitos econômicos que havia direito, a Raposa repassou 30% ao Grêmio e fixou outros 20% por um valor módico de 500 mil reais, ficando 20%. O restante pertence ao staff do jogador. Após um empréstimo bem sucedido ao Athlético Paranaense com 27 jogos disputados , 4 gols e 4 assistências, está com uma venda bem encaminhada ao Red Bull Bragantino por aproximadamente R$ 15 milhões por 50% dos seus direitos econômicos vinculados ao Grêmio.

Thonny Anderson sequer teve chance de jogar nos profissionais do Cruzeiro por uma opção do treinador da época (Mano Menezes) que vetou inclusive sua subida ao time de cima e uma política de apostas em medalhões e valores muito acima do que o clube poderia gastar. Essa conta finalmente chegou e hoje estamos quebrados e vemos muitos ativos daquele bom time que venceu o Brasileiro Sub-20 desperdiçados ou vendidos por valores irrisórios, abaixo até do que o Grêmio irá faturar pelo meia – doado pela gestão Wagner Pires e Itair Machado. O descaso com a base que deve servir de lição para não se repetir.

Promessas da base negociados por essa gestão:
Gabriel Brazão – R$ 11 milhões
Vitinho – R$ 10 milhões
Lucas Soares – Liberado
Murilo – R$ 11 milhões
Gustavo Rissi – Emprestado
Eduardo – Liberado
Nonoca – Emprestado
Vander – Liberado

Nickson – Liberado
João Luiz – Liberado
Marcelo – Encostado
Raniel – R$ 12,8 milhões

#MeDibre

 

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