FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
O cenário dos bastidores e das futuras eleições do Cruzeiro promete muitas movimentações na próxima segunda-feira (17). A começar pela candidatura de Emílio Brandi (CEO do grupo Nova Safra) como nome único a ser apoiado pelo conselho gestor para a presidência do Cruzeiro. Emílio assumiu as funções administrativas e financeiras no Núcleo Dirigente Transitório e tem conversado com os demais integrantes do conselho gestor sobre uma candidatura encabeçada por ele. Seu nome é considerado o ideal para que o clube continue no processo de reconstrução até o fim do ano de 2020, uma vez que as eleições marcadas para o dia 21 de maio serão de um mandato “tampão”.
Em contato com nossa reportagem, Emílio Brandi disse que vem considerado a possibilidade de ser o candidato e que na próxima segunda-feira tomará a decisão, após conversar com sua família, amigos e também com o conselho gestor. Brandi comentou sobre tudo que vem sendo feito desde que o Núcleo Dirigente Transitório assumiu: “fizemos uma limpa na folha de pagamento, organizamos as finanças, hoje temos dois andares inativos na sede administrativa, fora outras mudanças na sede campestre. Sabemos o que precisa ser feito, estamos fazendo, todo o conselho gestor, abrindo mão de muitas coisas. Mas temos que assumir a responsabilidade, sou conselheiro desde os anos 90 e é necessário que alguém assuma o clube. Não podemos nos acovardar.”
É importante ressaltar que o nome de Emílio já havia sido ventilado anteriormente, assim como outros membros do conselho gestor, como o de Gustavo Gatti, ou de Pedro Lourenço – que também participou do grupo em seu início. O objetivo de apresentar um candidato provindo do Núcleo Dirigente Transitório é dar continuidade no trabalho do conselho gestor ao menos até o final do ano, onde novas eleições serão chamadas.
A candidatura de Emílio está atrelada a uma modernização do estatuto, outro tópico importante nas eleições. O conselho gestor, junto ao departamento jurídico do Cruzeiro, deverá apresentar uma proposta de modernização no estatuto do Cruzeiro. Essa modernização seria referente à mudanças administrativas, estabelecendo regras de compliance a serem seguidas, auditoria externa obrigatória e diretrizes de orçamento, gastos e responsabilidade com o patrimônio do clube. A ideia é que apenas aspectos administrativos sejam alterados por agora. As mudanças em relação a candidaturas, alterações de pleito e demais processos vinculados a eleições devem acontecer apenas fora do período eleitoral.
Para que a modernização do estatuto aconteça, o conselho deliberativo deverá ser convocado através de Assembleia Geral e votado pelos conselheiros. A ideia é que tudo seja feito e aprovado antes mesmo da eleição que definirá o novo presidente do clube.